Nesses tempos de mercados globais
Onde balançam bolsas (de valores)
Ou de tolas madames (temporais);
O gelo é (de-gelo) e entre horrores
Tantos eu que nunca tive eira,
Fito a manequim no traje de organdi
Imóvel e silente com um sorriso de caveira
Na cara. Serei eu um projeto de dândi?
Penso eu: ao ponto de meter-me a cacique
Aristocrata ou qualquer tolo que imagina
Ser o mundo de diversões, um parque
Onde todos falam como numa cantina?
Que o diga o Protocolo de Kyoto e explique
Porque o mundo está na mira de uma carabina.
Élcio
Moi certo iso que dís
ResponderExcluirtodos falan pero poucos
actúan.Que pouco se lle
quere a este noso mundo.
Biquiños
Uau!
ResponderExcluirAplausos..
poema cortante,
como essa nossa
dura realidade,
voltarei.
Ester
Bom mesmo!
ResponderExcluirRemete a um tempo em que poetas se comprometiam com outras coisas, além de suas contas bancárias e demais veleidades.
Um tempo em que arte e barbárie eram antagonismos inconciliáveis.
abs.
Que nos salvem os críticos poetas que conseguem tirar seiva de uma realidade que seria muito mais dura se não a enxergássemos sob aspectos múltiplos.grande abraço.
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