Dobram os sinos a anunciar!
Será o rebento
Prestes a ser bento
Pelo batismo sacrossanto?
O casal de nubentes
Que também nova vida
Pretende iniciar?
Ou ainda, o finado
Frio e rijo que agora
É ótima pessoa?
Os sinos dobram
E estão a anunciar!
Será o finado
A ser bento
Que também
Nova vida
Pretende
Iniciar?
Ou ainda o casal
Frio e rijo prestes
A ser consagrado?
Dobram os sinos.
Talvez anunciem
O rebento que
Já no parto se fez
Frio e rijo.
Virou Finado!
Afinal: por quem os sinos dobram?
Élcio
setembro 23, 2010
setembro 11, 2010
Fim de ciclo
Beijo-te manso;
Como manso chega a morte ao justo.
Beijo esse teu corpo que tem
O frescor da brisa noturna
Que passeia por corredores,
Lápides, cruzes e mausoléus
Enegrecidos pelo tempo(...)guardados por
Anjos altivos, e de olhares perdidos.
Desejo-te tanto, quanto
A aurora o amanhecer;
Como a moça em se fazer mulher,
Como a mulher em se fazer mãe.
Como o ocaso as estrelas.
Não desejo que sejas minha vida. Não!
Personifica-te em minha morte,
Pois, quero-te como tal.
Enigmática enquanto que sensual,
Silenciosa e pontual,
Pois, ainda no berço,
Já sabia que serias minha.
Não te facas de rogada
Quando aportares em meu leito.
Antes, incendeia-me por inteiro
Percorre meu corpo,
Devora-me aqui minh’alma,
Ali minhas entranhas;
Até limpar voraz,
Aos meus ossos
Ocando meus olhos.
Por fim, quero-te sem ciúmes,
E um tanto promíscua,
Como promíscua é a morte,
Embora paradoxalmente fiel.
E feliz, deixar-te-ei meu sorriso mais pulcro.
“Porque o túmulo sempre há de entender o poeta.”
Élcio
Como manso chega a morte ao justo.
Beijo esse teu corpo que tem
O frescor da brisa noturna
Que passeia por corredores,
Lápides, cruzes e mausoléus
Enegrecidos pelo tempo(...)guardados por
Anjos altivos, e de olhares perdidos.
Desejo-te tanto, quanto
A aurora o amanhecer;
Como a moça em se fazer mulher,
Como a mulher em se fazer mãe.
Como o ocaso as estrelas.
Não desejo que sejas minha vida. Não!
Personifica-te em minha morte,
Pois, quero-te como tal.
Enigmática enquanto que sensual,
Silenciosa e pontual,
Pois, ainda no berço,
Já sabia que serias minha.
Não te facas de rogada
Quando aportares em meu leito.
Antes, incendeia-me por inteiro
Percorre meu corpo,
Devora-me aqui minh’alma,
Ali minhas entranhas;
Até limpar voraz,
Aos meus ossos
Ocando meus olhos.
Por fim, quero-te sem ciúmes,
E um tanto promíscua,
Como promíscua é a morte,
Embora paradoxalmente fiel.
E feliz, deixar-te-ei meu sorriso mais pulcro.
“Porque o túmulo sempre há de entender o poeta.”
Élcio
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