junho 27, 2013

Sonhos empalados

Os sinos da catedral estão moucos
E um vento frio transpassa o peito.
Esvoaçam meus sonhos poucos
Sensatos, já do lógico, nada afeito.

Quantos sonhos foram empalados
E, que ficaram para trás, nas paralelas
De meus caminhos empoeirados?
Jamais sepultados. Mazelas!

À frente, anjos frios e estáticos
Aguardam-me os derradeiros
Passos; vacilantes e patéticos.

Creio que quando o novo atirar sua lança,
Virá que eu vi; no flamejar dos candeeiros,
A única chama (tênue) dessa tal esperança!