maio 30, 2013

Sertão do demonho

Eu cuspi na terra rachada
Do sertão que nem molhar
Molhou; não vingou molhada.
Terra dura pra ser vivente; pra olhar.

Diabo do meio do redemoinho
Saltou e dançou, dançou aluziu.
Cuspiu na minha cara. Demonho...
Cravejo-te de bala na ponta do fuzil!

Sertão é vida e morte sertão. Melindroso!
Ou ele ajuda ou é traiçoeiro predador.
Há que ter valentia ante o desastroso;

Esquecer que vida tem. Vale nada!
“O passado é ossos em redor

De ninho de coruja.” É navalhada.

Élcio (quando lia Grande sertão: veredas)

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