fevereiro 03, 2011

Alfazema

Devo ter perdido a chave
Das gavetas de meu íntimo
Pois há muito não voa essa ave,
O que sinceramente, lastimo.

Vaga minha alma sem lume,
Assim, estranha e quase maldita,
Como se o coração batesse incólume
E da vida não provasse nenhuma desdita

Vergastou-me corpo e alma essa paixão
Tanto que impossível me foi o seu evitar
Foi intenso, foi minha chuva-de-verão.

Arrebatadora beirou o espetacular.
Mas, foi-se, como toda chuva de estação,
E deixou o frescor da alfazema em meu olhar.

Élcio

4 comentários:

  1. Atoparase de novo
    esa chave
    que abra a porta ó amor
    e acenda o lume
    na casa do corazón.

    Bicos

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  2. por isso paixão. arrebenta e segue.

    ótemo poema!

    abraços.

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  3. Ficou lindo Élcio!!! Assim é a paixão, chega e desanda tudo!! As vezes fica outras vai embora... mas sempre é bom relembrar...
    Uma semana toda azul pra ti!
    RO

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