agosto 12, 2010

Tua corte

Corro ao teu encontro.
Quisera ter outra escolha,
Quiçá meter-me num antro
Ou num colo que me acolha.

Penso embarcar no primeiro navio, fugir
De ti e lá pelas tantas algo haveria de urdir.
Assim, amarras soltas e meu rumo a corrigir;
Por hora sigo a assoviar “O dom de iludir”.

Dias, noites...hei de conhecer oceanos, mares;
Bares onde beberei bons vinhos. Terei
Bons charutos além de belas mulheres.

Mas, quando um dia vir-te fazer-me a corte,
Então do cálice servido por tuas mãos Beberei,
Pois, tu és a dama das trevas. Tu és a morte.

Élcio

4 comentários:

  1. Élcio,

    De tão profundo quase senti o hálito da indesejável dama em minha nuca. Só espero que ao menos o cálice venha repleto de vinho, com a qualidade de seus versos.
    Belo!!!
    bjs.

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  2. Com essa dama não dialogo,nem olho.E nem adianta trazer cálices:não bebo vinho. E,se um diz a infeliz me cercar e eu não conseguir fugir,podes ter certeza: ali vai alguém indignado!!!
    bjsss,meu menino poeta.

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  3. Oi Elcio, fico feliz pela paternidade!!Parabéns!! Laços que não tenho, mas hei de te-los!
    Beijos

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  4. Olá Elcio! COmo vai poeta??
    Passando para te ler e deixar um abraço...
    Poema profundo... Parabéns por esta bela escrita.
    Meu carinho,
    Rosana

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