julho 19, 2010

Sonhos empalados

Os sinos da catedral estão moucos
E um vento frio transpassa o peito.
Esvoaçam meus sonhos poucos
Sensatos, já do lógico, nada afeito.

Quantos sonhos foram empalados
E, que ficaram para trás, nas paralelas
De meus caminhos empoeirados?
Jamais sepultados. Mazelas!

À frente, anjos frios e estáticos
Aguardam-me os derradeiros
Passos; vacilantes e patéticos.

Creio que quando o novo atirar sua lança,
Virá que eu vi; no flamejar dos candeeiros,
A única chama (tênue) dessa tal esperança!

Élcio

5 comentários:

  1. Olá, você é um belo sonetista! Abraço!

    ResponderExcluir
  2. ...mesmo que nos apunhalem os
    sonhos,
    o direito de tê-los, este
    ngm nos pode proibir.

    bj imenso!

    ResponderExcluir
  3. Élcio ti sí que sabes expresar
    en perfecto soneto canto
    a alma sinte.
    Inda que camiñemos por camiños
    empoeirados, atoparemos
    a chama da esperanza.

    Biquiños

    ResponderExcluir
  4. Élcio,
    Que bom que ainda resta esta pequena chama!
    Sem ela, não teríamos esse seu lindíssimo soneto.
    Obrigada por nos oferecê-la em formas tão belas.
    bjs.



    bjs.

    ResponderExcluir

I feel that you want to say something!