junho 18, 2010

Ponto e Vírgula

Sob a janela começo a declamar um poema
Quando súbito, engulo um ponto e vírgula.
Eu que não tenho garganta de Ema
Engasguei, tossi, tossi: ENGULA!

Ordeno afônico ao cérebro que se fez
De desentendido. Assim, lá se foi a introdução
Daquela serenada que ali mesmo se desfez,
Ou melhor, fora natimorto na intenção,

Afinal, esquartejei o poema. Ficou sem pé nem
Cabeça. Recomeço, mas, não sem o temor
Do ponto e vírgula... E nele gaguejo; pasmem!

Todos riram de mim. Do irmão (dela) escondido
À vizinha que no escuro espiava meu tremor.
Tenho comigo que foi praga de ex: ou de cunhado!

Élcio

6 comentários:

  1. Uma nova história,
    em cada vírgula :)

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  2. Bom pra começo, meu nome é Joana, E da Autora sim é Sandra!
    Amei gostei muito do seu blog, e obrigada pela visita! continue assim, beijos

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  3. Beleza de poema, Elcio! Bem construído, com um tema difícil, mas vc saiu muito bem,
    Abraço,

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  4. Um respirar fundo,
    uma vírgula amiga,
    ajudam na saída...

    Excelente construção!

    Beijos, Élcio!

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  5. Un gran poema
    dende o pe
    ata a cabeza.

    Biquiños

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  6. Mas que Ponto e Vírgula mais interessante esse...meus parabéns ficou um soneto super diferente.

    Beijos de saudades meu querido.

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