setembro 18, 2009

Bendito tempo maldito

Crê amigo: Do berço ao túmulo
A distância é assaz pequena.
Repare como a vida passa. É um pulo!
Vai ligeira e indiferente; nem acena.

Tempo que nos mostra o melhor da vida,
E em seguida, começa a nos devorar
Sem pressa, dia a dia e nessa corrida
É fatal; perderemos e nem adianta arvorar.

Cínico que é (o tempo) nos quer enfadonhos
E a cada alegria, uma semente de saudade
Há de rasgar e maltratar o campo dos sonhos

Que cultuamos como eternos na juventude.
As juntas duras, rangerão feito assoalhos
E o que deveria ser duro mudou de atitude.

Élcio

11 comentários:

  1. Tempo , tempo...
    Sempre ele...
    Mas a gente engana o tempo...
    A gente engana a alma se quiser..
    Esta só vai endurecer, se o coração quiser...
    E o espirto o permitir...
    Eterna Peter Pan
    Presa nas rodas do tempo,mas que não se curva.
    Nunca!

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  2. O tempo é um cavalo veloz, correndo no vento
    à rédea solta
    Ai de nós!

    Muito bonito o soneto.

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  3. ... ai de nós...
    ... e o tempo, foje sem piedade... e as nossas mãos tão cheias e tão vazias...

    O teu poema, lindo, gostei imenso.
    Beijo

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  4. Não fica triste se colheste o melhor da vida, mas...o tempo...suas finitudes inevitáveis, seus opostos intransigentes , poetar so nos resta e caminhar como iluminado.
    abraços, Claudete

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  5. É como diz Ricardo Reis: “Tão cedo passa tudo quanto passa!/ Morre tão jovem ante os deuses quanto/ Morre! (...)”

    E já há remédio para endurecer o que deveria... hehehe...

    Um beijo.

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  6. ...no berço do tempo embalo
    meus dias, e assim deixo-me
    seguir no sono das ilusões.

    beijo, querido poeta!

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  7. Vim fazer uma visitinha rápida, escondida..rs.
    Claro, me restabelecendo da cirurgia tenho que evitar o pc.

    Obrigada pelo carinho deixado lá no rabiscos.
    Saudades.

    Lindo soneto.

    Beijossss

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  8. Aqui os textos têm vida e os sentimentos fluem, à flor da pele...Coincidentemente tb falo sobre o tempo no Solidão, na verdade um tema inesgotável para os amantes das palavras...

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  9. Excelente e sábio poema!

    "Crê amigo: Do berço ao túmulo
    A distância é assaz pequena.
    Repare como a vida passa. É um pulo!
    Vai ligeira e indiferente; nem acena."

    Nada é tão real!!!

    Parabéns!

    Sonia Regina.

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  10. É, a vida é muito curta... não adiantam correrias!

    Belo poema!

    Bjos

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  11. Ai,anjo,não me fale em tempo:corre feito louco e nos deixa com a sensaçào de estarmos perdendo alguma coisa.Agora,"o que deveria ser duro mudou de atitude" é uma poética metáfora para um fato brabo...rss... Mas,se lembrar de Chaplin ou de Picasso,verá que esse amolecer, ou fingir-se de morto,não é absoluto e independe do tempo.Mas,como sei que esse não é o seu caso,vamos deixar para lá.
    bjs,meu poeta que nunca se cansa de ser um anjo.

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