maio 07, 2011

Olhos de saudade

Passeava a bailar por suas mãos
Todo um universo em formas,
Volumes e profundidade nos vãos
Angulados a moldar octogramas.

O círculo a competir com o triângulo
E assim, aquela vaidade geométrica
Disputava o toque de seus dedos, ângulo
A ângulo num bailar em que a rítmica

Era constante. Um moto contínuo. Rodaviva
Que osculava a face da atemporaneidade.
Coisas tão racionais assim faziam-na ativa.

Característica herdada de seus ancestrais,
Além é claro, daqueles olhos de saudade
Do leste europeu. Hoje filha de terras tropicais.

Élcio

2 comentários:

  1. Uma boa pedida pra iniciar um sábado! Belo post! bj
    Catita

    ResponderExcluir
  2. Mi querido amigo: Nunca pensé que se pudiera crear un poema a partir de figuras geométricas pero tú lo has conseguido. Como dice Catia: Pintoresco.

    Brisas e beijos.

    Malena

    ResponderExcluir

I feel that you want to say something!