Quando paridos,
Recebemos da morte
Sua chancela
Num sussurro: Voltarei.
Nossa primeira certeza.
É tão certo, mas tão certo quanto
O amor de mãe.
Frágeis chorões que somos
Embalam-nos nas cantigas.
E sonhamos adolescentes o que
Às vezes realizamos adultos,
Até que velhos, curvamo-nos
Num dia de sábado.
É dia de parque,
Algodão doce na boca
E carrossel a girar.
Carrossel que jamais parou
Girou criança,
Girou adolescente
Girou adulto, mas
Gira agora com preguiça. Lento.
Escurece-nos as vistas,
O som do realejo diminui
E tudo gira; como o carrossel.
É o sinal (há muito temido)
Ao menos na boca tem
Algodão doce.
Ela voltou para
Cumprir a sentença.
O carrossel parou. Ouvidos moucos
Nenhuma voz. Nada.
O algodão doce está no chão.
Quando desencarnamos
Recebemos da morte
Sua chancela
Num sussurro: Voltei.
Élcio
(Àquele que chegou: Meu querido Moisés)
É assim a vida... Uma ilusão!
ResponderExcluirMas uma ilusão doce nesse instante que decorre entre o abrir e o fechar os olhos.
L.B.
E asi imos viaxando
ResponderExcluircada un o seu camiño,
ata chegar todos
a mesma meta.
Biquiños
...entre o nascer e morrer
ResponderExcluirhá apenas um tempo de insanas
ilusões.
e nelas cabem tbm o doce
do algodão doce adoçando
os sonhos.
amor e saúde para o seu Moisés!
Depois de tropeçar em algumas pedras pelos caminhos, retorno com amor, pra suavizar as feridas com a sua poesia...Bjs.
ResponderExcluirE vc sempre me surpreende de uma maneira boa!!!
ResponderExcluirbeijos
É a coisa mais certa, um rumo inevitável. Mas é também o meu maior medo.
ResponderExcluirE adoro ver quem consiga botar cor nisso tudo!
Parabéns, Élcio!
Beijos