dezembro 10, 2009

A minha dor, o circo levou

Nossa decepção ficou pesada demais
Para ser arrastada para fora dessa
Noite; outrora cúmplice, hoje não mais!
O ciúme fez em nós verdadeira devassa.

E a mágoa, filha do ciúme, pintou com cores
Frias o nosso olhar. O nosso destino,
Antes farto dos planos de amores,
Enfartou, rodopiou e caiu em desatino.

Até que a banda chegou anunciando
O circo com os seus palhaços,
Animais; malabaristas dançando.

Meu coração de saltimbanco exultou.
Foi à rua e dançou e desdenhou dos soluços
E seguiu o mambembe, de onde nunca voltou.


Élcio

7 comentários:

  1. Mas gostei desse soneto aqui. Excelente! =)

    1[]!

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  2. Ah! Quero convidar você pra participar do nosso Amigo Poético no B7C este ano, de novo!

    http://blogdesete.blogspot.com/2009/12/amigo-poetico-ano-2.html

    Participaê!

    1[]!

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  3. Oxalá que o circo
    levase todas as dores
    do mundo que son
    moitas.

    Biquiños

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  4. Olá Elcio. El circo siempre trae alegría e ilusiones tanto a los mayores como a los pequeños.

    Bello poema.

    Beijos e rosas.

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  5. Ser poeta é temperar com cores o nosso pensamento. Como vc sempre faz tão lindamente. Que este circo sempre passe toda vez que vc sentir dor...Bjs querido Elcio.

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  6. Desdenhou dos soluços,seguiu o mambembe e nunca mais voltou... Tem que voltar.Tem que voltar e conseguir viver outras noites onde o ciúme não consiga destruir os planos de amor. Tem que voltar para que não se perca em malabarismos com os palhaços - os homens mais tristes que existem. Tem que voltar pq o mambembe não é o seu lugar.
    Bjs,anjo poeta e querido.

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  7. Lindo blog, belo soneto.

    Um abraço.

    Vou continuar olhando

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