outubro 05, 2009

"Era vidro e se quebrou"

Juramos amor sem mensurar o “eterno”.
Você de véu e grinalda estava estonteante
E eu ali sério à tua espera, de gravata e terno.
Como terno era o meu olhar embora distante.

Mas, a vida é cíclica, nem sempre diz a que veio.
E é assim que a descoberta exultante no início
Tenta selar (o todo) quando este ainda é meio,
Pois, teme o preço que ela –a vida- cobre ao fim.

Na infância cantamos inocentes cantigas;
Crescemos e aí começamos a cantar
Amigas e ainda as amigas das amigas.

Até que um dia, somos pegos e vamos ao altar,
Mas, o tempo é inexorável: leva o amor, as cantigas,
A vida, tudo enfim e não deixa nada por que cantar.

Élcio

10 comentários:

  1. Elcio!......
    Tão lindo o seu poema, mas tão triste :(((

    Toma meu abraço, completa o outro :)))

    Sim, Vieira Calado é um poeta que que eu gosto imenso, num gostar assim de amar a sua obra.
    Dia 15 de Outubro vai lançar um livro. Vou deixar o endereço dele no meu blog.
    Grande falha a minha, ter esquecido isso.

    Beijo Elcio.

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  2. Acho que por imaturidade deixamos o tempo levar.Faz parte do crescimento né?! Porém levamos as lembranças dentro do coração, vem com elas a saudade, a nostalgia,o saber que é sempre possível cantar e fazer novas escolhas, Novas cantigas que tenham o som de recomeçar. Muito belo seu poema amigo. Parabéns! gde bjo

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  3. Belíssimo...
    Ainda que triste, mesmo que tenhamos saudades.

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  4. para sempre
    , eu
    -
    sem vidro quebrado

    1 xi-coração
    a.

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  5. Oi Élcio, passando pra registrar meu carinho e agradecer suas visitas sempre tão preciosas lá no Solidão de Alma. Deixo aqui um poeminha que escrevi pra responder ao seu post:

    "...Pena que tudo passe tão rápido...
    E eu só consiga ver os
    flashs da infância
    apenas como fantasminhas coloridos...
    Infelizmente a ciranda ficou pra trás
    Nas voltas que o mundo deu..."

    Beijos meu querido.

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  6. Paso para agradecer
    a tua visita e de paso
    dicir que me gustaron
    moito os teus versos
    cheos de melancolía.

    Un saudo.

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  7. Nuestra vida está formada por una colección de canciones, desde que nacemos hasta que marchamos de este mundo, lo que cambia es el ritmo de las mismas.

    Es un gran poema que invita a reflexionar. Gracias por publicarlo y gracias por tu visita.

    Um beijo.

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  8. Hola, Gracias por la visita a mi blog, y por el comentario. Bella poesía tiene, un lugar muy bello el suyo, me ha encantado la imágen de cabeza del blog, muy bello.

    Dejo mi saludo desde Santiago de Chile, un abrazo,

    Anouna

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  9. Oi Élcio, que soneto lindo, pena que era vidro e se quebrou.

    É a vida meu querido, nem tudo é mar de rosas.

    Beijos.

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  10. Élcio, agradeço pela visita no blog!
    E quanto às suas palavras... A vida tem disso, de nos ensinar na experiência, na tentativa. Os erros surgem para nos mostrar os futuros acertos.
    Ainda bem que sempre temos a segunda, terceira, quarta chance de tentarmos!

    Boa noite!

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